Com certeza você já ouviu alguém dizendo, ou até você mesmo já pensou ou falou: “Nossa, usando essa roupa com essa idade?”, “Esse cabelo não fica bem depois dos 50!”, “Ele não vai conseguir fazer isso nessa idade!”. Você pode não ter percebido, mas estava cometendo uma das formas de preconceito mais normalizadas na nossa sociedade: o preconceito etário.

Chamado no Brasil de etarismo, idadismo ou ageísmo; ele se refere a forma como pensamos (construímos estereótipos), sentimos (construímos pré-julgamentos) e agimos (através de atos de discriminação) com as pessoas, com base em sua idade.
O termo foi criado em 1969 pelo geriatra norte americano Robert Buttler para se referir especificamente ao preconceito contra pessoas idosas, isto é, com mais de 60 anos, mas o Relatório Mundial sobre Etarismo, lançado pela Organização Mundial de Saúde em março de 2021 considera etarismo o preconceito baseado na idade em qualquer idade. No entanto, no próprio relatório podemos observar que a principal população a sofrer com o etarismo é a 60+. Uma em cada duas pessoas no mundo tem preconceitos relacionados ao envelhecer.
Isso se reflete em diversos setores da sociedade, reduzindo o acesso a direitos essenciais, como trabalho, saúde, lazer, dentre outros direitos básicos, por falta de reconhecimento social.
Se pensamos em construir uma sociedade na qual queremos envelhecer com qualidade e respeito, precisamos refletir sobre o tema já! Como nós, enquanto cidadãos, podemos atuar de forma a mudar essa realidade? Qual a nossa responsabilidade?
O que você pensa sobre o assunto? Vem conosco falar mais sobre isso!
Fontes:
https://www.who.int/teams/social-determinants-of-health/demographic-change-and-healthy-ageing/combatting-ageism/global-report-on-ageism
Egidio Lima Dórea. Idadismo - Um Mal Universal Pouco Percebido. Editora Unisinos, 2021
Polianna Mara Rodrigues de Souza
Médica Geriátra
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